quinta-feira, junho 30, 2005
"Desde a década de 50 que os serviços secretos da URSS e da China se empenharam em infiltrar-se no narcotráfico, não para entrar directamente no negócio, mas para dirigi-lo desde cima, usando-o para fins estratégicos muito além do horizonte de interesses de meros traficantes". continua...
Flash mobs
A revolução do futuro?
Visto à luz actual o cristianismo parece ter sido na época uma revolução moderna, mobilizadora e inquietante. Durou dois mil anos(!). Hoje parece agonizante, cada vez mais enredado nas suas contradições e praticamente esvaziado de sentido. Agora há pouco tempo, já no século vinte, um movimento de massas tão importante como a revolução comunista já só durou setenta anos. No futuro, que pode ser já amanhã, com as tecnologias modernas é possível convocar uma revolução de manhã para terminar à noite. Talvez o primeiro "arrastão global" não esteja tão longe quanto isso... só lhe falta encontrar um sentido.
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quarta-feira, junho 29, 2005
o engenheiro
Sócas relançou ontem ou antes de ontem o velho tema do aborto para cima da mesa, sabendo toda a gente que não era mais do que uma manobra de diversão. Pois não houve jornal nem jornalista que não mordesse isco. Claro que o problema é importante, mas o governo e os media não terão nada mais importante com que se preocupar do que andar a atirar-nos areia para os olhos?
o armário dos sabonettes
Quando os políticos assumem que as suas campanhas estão entregues aos publicitários, a política saíu definitivamente do armário. E quando se ouvem esses publicitários dizer como "vendem" os candidatos, então aí estamos definitivamente esclarecidos.
Francis Crick
"...em Cambridge era costume alguns cientistas tomarem pequenas quantidades de LSD para se liberarem de pré-concepções e permitir que as suas mentes caminhassem livres em busca de novas ideias. Francis Crick contou que percebeu a forma de dupla hélice do ADN sob o efeito do LSD". (no mínimo)
terça-feira, junho 28, 2005
Dura lex fura lex
Um post sobre a "impunidade", que acabo de ler na Toupeira, leva-me a pensar em como são feitas as leis, para quem são feitas, e sobretudo por quem são feitas. Porque se as leis servem para nos organizar e proteger, também servem para nos castigar, e há sempre aqui e ali escapatórias, pequenas nuances, que ao serem interpretadas desta ou daquela maneira permitem que "a lei seja sempre cumprida", só que nuns casos de uma maneira e noutros de outra, conforme o freguês, ou o juiz, ou a puta que os pariu! É como se os tipos que fazem as leis pensassem com os seus botões: "Espera aí! ...e se na volta, um dia, isto nos toca a nós?" E toca de puxar pelos canhânhos e pelos galões da sapiência que os papalvos não percebem nada disto e a gente é que sabe. Todos os edifícios jurídicos têm uma saída, tudo tem um outro lado. Assim sendo, tudo acaba por ser permitido, desde as mais pequenas coisas às maiores barbaridades. Até matar!
Capitães do rio
Um blog ecologista que me descobriu... graças à Angela.
Não percam a visita e a incrível história dos golfinhos do rio.
Manuel Castells
"Se eventualmente existe um modelo meridional de desenvolvimento, não o encontrámos, a não ser que se queira transformar a incapacidade em modelo." Manuel Castells
segunda-feira, junho 27, 2005
Medina Carreira
hoje no canal 1.
Este homem anda há anos a pregar aos peixes, que não o ouvem. Pudera! com tanto peixe burro, tanto cherne e tanta chaputa que pariu tantos filhos, que outra coisa seria de esperar?
Sharon stoned
O Jerusalém Post relata o plano de um grupo político israelita para que a polémica retirada de colonos judeus da Faixa de Gaza ocorra em paz. Segundo o jornal, o partido Alei Yarok fez um apelo ao governo israelita para que "permita temporariamente que os colonos e os agentes de segurança usem maconha para reduzir os níveis de violência durante a retirada". O presidente do partido, Boaz Wachtel, diz ao jornal que, "de acordo com pesquisas, a maconha é conhecida por suas propriedades relaxantes e sua capacidade de reduzir comportamentos violentos". BBC Brasil.
É sempre bom lembrar
quando hoje quase toda a gente diz que o conhece,
que o leu e o cita, que George Orwell morreu aos
quarenta e sete anos tuberculoso e na miséria.
Diz-se...
que os franceses pagaram quinze milhões de dólares, não se sabe a quem, pela libertação de Florence Aubenas. Eu acho que fizeram bem, apesar de desconfiar que o dinheiro não será para construir escolas nem hospitais. Segundo o próprio XiraK, "fez-se o que tinha de ser feito". Mas para quem sempre disse que nunca negociaria com terroristas... agora há mais esta.
Ser monumental
pode não ser uma qualidade, e quando se trata de um nome, então, é só de um nome que se trata. A polémica à volta do cine-teatro Monumental, esse histórico mamarracho do largo Saldanha em Lisboa, nasceu com ele mas parece que não morreu com ele. Quando foi construído também tiveram que deitar abaixo o prédio que lá estava antes, pelos vistos um hábito muito enraizado entre nós, e como o edifício sacrificado era da farmacêutica Sanitas, alguém sugeriu que, em vez de Monumental, o teatro que ali nascia se chamasse Monumentol. Por outro lado, como o teatro era do Vasco Morgado, também esse um monumental cromo da cultura nacional, outros sugeriram que se deveria chamar antes Mono mental. Eu, cá por mim gosto mais como está agora, acho mesmo um achado esta dos edifícios espelhados que reflectem o céu e mudam a cada instante.
(agradeço os patrocínios da "Catedral" e do "Areal")
domingo, junho 26, 2005
A Rititi é bem gira!
Pessoalmente, isto é, ao vivo e a cores na TV ainda é mais gira que no blog. Tem pinta, tem raça, tem graça e tem cuca, o que é que se pode exigir mais de uma gaja? Em resumo, nunca tinha conhecido uma espanhola que se exprimisse tão bem em português. Entretanto fui ver e já lá tinha vários comentários quase em directo. A Rita merece o sucesso que tem! Mas não é afinal o que se passa com toda a gente?
sábado, junho 25, 2005
A sopa
Ultimamente vários jornais se têm referido ao particular gosto dos portugueses pela sopa, e referem o facto dos Mac Donalds e outros junk foods já a terem incluído nos seus menus. Até fiquei a saber que somos os recordistas da sopa, quer no primeiro quer no terceiro mundo... Depois disto, não posso deixar de enaltecer aqui uma verdadeira instituição nacional, tantas vezes esquecida, tantas vezes apoucada. Qual Maria da Fonte qual carapuça, qual padeira de Aljubarrota, nem mesmo a Catarina Eufémia ocupa um lugar tão importante no imaginário português como ela, sobretudo no masculino. Refiro-me à Sopeira portuguesa!
sexta-feira, junho 24, 2005
a frase do dia
«Num Mundo sem referências nem valores, as características tornam-se qualidades, deixando tudo baralhado. Ser sério e coerente e convicto não é mais o mínimo - parece mesmo ser o máximo.»
Pedro Rolo Duarte
Pedro Rolo Duarte
ontem na 2
Apesar da hora tardia, eram três da manhã, pá! gostei da conversa do FJV com os gatos fedorentos. Eles são jovens e tal... e são engraçados. Mas também falam a sério. Entre outras coisas, fixei uma opinião interessante sobre a filiação, ou antes, as tendências políticas dos jornais e dos jornalistas, que parece que são um tabú. Eu, como eles, também acho que um jornalista para ser objectivo não tem que mostrar-se bacteriologicamente puro. Além de inútil, acaba por ter um efeito contrário. Sábado à noite a conversa vai ser com a Rititi,
se entretanto não houver um programa melhor...
se entretanto não houver um programa melhor...
se houvesse alguém responsável
gostava de poder ler-lhe este texto em frente do nariz até que me explicasse porque é que, independente do delito que um drogado tenha cometido, não é tratado num hospital em lugar de ser mal tratado numa prisão. O problema é que como não há ninguém responsável, estas coisas acontecem sem que ninguém se interesse por elas.
quinta-feira, junho 23, 2005
Funcionários
Que são muitos, ouve-se dizer, e que são pouco produtivos e saem caro ao País também. Que têm empregos vitalícios e carreiras com progressões automáticas que dependem mais do tempo que da competência, que barafustam e fazem greves sempre que alguém mexe com as suas regalias. Mas há um outro País, o dos que tiram as batatas da terra ou o peixe do mar, dos que fazem o pão que todos comemos, os que não têm vínculo a coisa nenhuma a não ser aos seus próprios braços e à sua inteligência, quando é caso disso. E estes não fazem greve, ou porque não podem ou porque não faz sentido. Neste grupo, além de estarem muitos que provavelmente gostariam de estar no outro, estão também aqueles que têm iniciativa suficiente para fazerem o seu caminho sozinhos, criarem o seu negócio ou arriscarem simplesmente nas suas qualidades de trabalho. Alguns são patrões, outros trabalhadores por conta própria, mas a maioria enfrenta um patrão todos os dias e sabe que a única garantia que tem (se é que tem) é a qualidade do seu trabalho. Infelizmente é só nesta categoria que é recrutado o enorme exército de desempregados, os que se calhar não tiveram sorte, os que não existem por não terem qualquer capacidade de expressão nem de reivindicação. A todos estes, e aos jovens à procura do primeiro emprego, toda esta agitação social por parte dos funcionários públicos só pode entrar por um ouvido e sair pelo outro. Talvez um dia, se alguém descobrir o segredo para unir e mobilizar toda esta gente, isto mude de figura. Talvez.
quarta-feira, junho 22, 2005
o embuste
"...perde totalmente a razão quando mistura alhos com bugalhos e faz comentários que são habituais nos taxistas, porém, inadmissíveis num Chefe de Estado. Se fosse médico, o dr. Sampaio acertava no diagnóstico mas matava o paciente com a terapêutica errada."
Sérgio Figueiredo no Jornal de Negócios.
restos do Império
Se em vez da exploração e do chicote
tivessem levado escolas, se não fosse
tão grande a ganância, se...
Pode a sociedade vociferar, podem os políticos apregoar
que têm na manga a solução, enquanto a imigração ilegal
for fonte de mão de obra barata, está tudo muito bem assim.
Link
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tivessem levado escolas, se não fosse
tão grande a ganância, se...
Pode a sociedade vociferar, podem os políticos apregoar
que têm na manga a solução, enquanto a imigração ilegal
for fonte de mão de obra barata, está tudo muito bem assim.
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segunda-feira, junho 20, 2005
Pont-Neuf , Paris (viram o filme?)
A minha descoberta do dia. Blogskaia.
«Je crois que bloguer m’est devenu absolument indispensable et que c’est une aventure humaine exceptionnelle. Je crois qu’on peut tomber amoureux de quelqu’un qui blogue et se laisser envahir par ses mots et son histoire jusqu’à l’obsession.»
«Je crois que bloguer m’est devenu absolument indispensable et que c’est une aventure humaine exceptionnelle. Je crois qu’on peut tomber amoureux de quelqu’un qui blogue et se laisser envahir par ses mots et son histoire jusqu’à l’obsession.»
Sempre achei o DN um excelente jornal, com um excelentíssimo quadro redactorial, muito acima da média, sobretudo o talentoso e promissor Filipe Morais que, apesar da falta de idade já revela uma aguçada e perspicaz lucidez. Alertado por este amigo, soube que na edição de domingo, Lusofolia teve a distinção de blog do dia a páginas 66 do guia DN&classificados. (Escusam de ir a correr procurar que já deve ter esgotado). Cá para mim F.M. merece, se não o prémio Pessoa, pelo menos uma garrafa de whisky que eu tenho aqui guardada para ele. Quando quiseres... tens preferência na marca? (Não deixes de dar por mim um abraço ao doutor Luís Delgado, esse grande craque, verdadeiro suprassumo do comentário político.)
Memória: a Lusofolia há um ano.
quinta-feira, junho 16, 2005
Sobre Álvaro Cunhal
agora que se vão espalhando as cinzas e assentando a poeira, ocorre-me dizer duas coisas, duas coisas que lhe ouvi e lhe li nos olhos não há muito tempo: Um ser humano isolado vale muito pouco, são os outros, é com os outros que fazemos sentido. A outra foi sobre as suas memórias, uma lição não de política mas de vida, que não as escrevia porque as memórias são assuntos do passado, e ele achava que para a frente ainda havia caminho...
(A foto foi gentilmente roubada aqui).
(A foto foi gentilmente roubada aqui).
Hussein Hannoun
Antigo piloto de caça, guia intérprete de Florence Aubenas,
foi acolhido com a família em França.
«Merci à tout le peuple français,
vous m'avez rendu ma vie»
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terça-feira, junho 14, 2005
domingo, junho 12, 2005
sábado, junho 11, 2005
sexta-feira, junho 10, 2005
Hoje
ou ele tomou os comprimidos ou não sei. Durante os cinco minutos que o ouvi não chorou uma única vez.
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Sexão cultural
«Women do not need to climax in order to conceive and give birth, a fact that makes the evolutionary cause of their orgasm slightly mysterious. In contrast, men who cannot orgasm miss the chance to pass on their genes and fall victim to natural selection.
So what function does the female orgasm serve? As well as making women more interested in the activity of procreation, recent investigations have found the contractions it involves can bring sperm closer to the egg, increasing the chance of conception.
Evolutionary psychologists have also suggested that the female orgasm might help women to select caring partners: those who are particularly attentive in the bedroom may also be more supportive in other aspects of life». revista Nature
So what function does the female orgasm serve? As well as making women more interested in the activity of procreation, recent investigations have found the contractions it involves can bring sperm closer to the egg, increasing the chance of conception.
Evolutionary psychologists have also suggested that the female orgasm might help women to select caring partners: those who are particularly attentive in the bedroom may also be more supportive in other aspects of life». revista Nature
Memória: A lusofolia há um ano.
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quinta-feira, junho 09, 2005
A minha primeira aula
de política, aconteceu há muitos anos numa terra que, vá lá saber-se porquê, alguém baptizara de Nova Lisboa e que entretanto tinha voltado às origens. Huambo. Assistia eu a uma reunião em que se punha em causa a capacidade de um determinado fulano para ser o representante do poder central naquelas paragens. Uma espécie de governador provincial. Depois de ouvir algumas acusações o visado tomou a palavra: «A mim, há alguns aí que acusam-me de incompetência... está bem, pode ser. Mas é preciso ver. É incompetência política ou é incompetência profissional? Porque por exemplo, o nosso camarada Pacavira, que está aqui ao nosso lado, também é ministro dos transportes e não percebe nada de transportes... Mas orienta o ministério segundo a linha política do partido.» Entretanto o tal Pacavira, que era amigo pessoal do Presidente, enquanto este foi vivo, além de ministro dos transportes foi também ministro da agricultura e de mais uma data de outras coisas que eu não sei porque entretanto enchi o saco. A segunda aula já foi cá quando percebi que afinal aqui as coisas não eram muito diferentes.
Entre vários inquéritos
que foram feitos para o projecto "A Sociedade em rede em Portugal", há um que não sei se diga que me surpreendeu muito, se pouco, se nada. Foi pela voz de um dos seus autores, Gustavo Cardoso, que soube que o nível de confiança que os portugueses têm no parceiro do lado, no vizinho, no seu conterrâneo, é das mais baixas do mundo. A par da Argélia e das Filipinas, estamos no fundo da tabela no que respeita à confiança e à solidariedade. Em primeiro lugar estão os Estados Unidos e a Suécia. E isto talvez explique muita coisa, desde a forma como nos comportamos ao volante de um carro até à nossa fraquíssima participação pública e cívica. E a nível empresarial e nas relações de trabalho as consequências também são mais que conhecidas. Depois disto, antes de um choque tecnológico, o que estamos mesmo a precisar é de um psiquiatra. Que nos vai dizer que para confiarmos no próximo é preciso que nós próprios sejamos de confiança. E se ele não disser, disse eu.
quarta-feira, junho 08, 2005
Os banqueiros portugueses
começam agora a manifestar-se. Fernando Ulrich, dirigente do BPI, veio hoje a público dizer que «o levantamento do sigilo fiscal é o pior ataque aos interesses privados desde o 11 de Março. Para o primeiro ministro, ganhar dinheiro parece ser uma coisa ilegítima». Ilegítimo, digo eu, são as fortunas que estes grupos financeiros ganham à custa de uma população miserável que tem o rendimento mais baixo de toda a Europa. O Sócrates que se cuide!
PS: Entretanto soube agora na "Quadratura do Círculo" que o Dr. Jorge Coelho "andou a pedir dinheiro à Banca". Quem é que joga com as brancas e quem é que joga com as pretas? Este é que vai ser o jogo nos próximos tempos.
PS: Entretanto soube agora na "Quadratura do Círculo" que o Dr. Jorge Coelho "andou a pedir dinheiro à Banca". Quem é que joga com as brancas e quem é que joga com as pretas? Este é que vai ser o jogo nos próximos tempos.
Possivelmente
chegaram a discutir um "basta de terrorismo", um "basta de tsunamis" ou talvez um "basta de congestionamentos de trânsito", mas acabaram ficando com a boa e velha pobreza mesmo.
Duros
«Os homens de quem gosto, ou, dizendo melhor, os homens por quem me perco, reúnem todos eles, que eu saiba, três condições concretas. Em primeiro lugar, são bonitos: envergonha-me reconhecê-lo, mas é assim. Segundo, são inteligentes: se o mais bonito do mundo diz uma imbecilidade, transforma-se num pedaço de carne sem substância. E agora vem o ingrediente fundamental, o terceiro elemento que fecha o ciclo da sedução como quem fecha um cadeado: são indivíduos com uma patologia emocional que os impede de revelar os seus sentimentos. Ou seja, são os tipos duros, frios, reservados, ariscos, em quem julgo adivinhar um interior de imensa ternura que não consegue encontrar a via de saída. Eu sonho sempre em resgatá-los de si próprios, em libertar essa torrente de afecto enclausurada. Mas isso nunca se consegue. E, o que é ainda pior: desconfio que, se algum dia um desses rapazes duros chegasse a transmutar-se num indivíduo afável e carinhoso, o mais provável era eu deixar de gostar dele.» Rosa Montero
Vais ter com mulheres? Não te esqueças de levar o chicote.Assim falou Zaratustra.
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Merda de País
e merda de povo este que não é capaz de pegar neste tipo pelas orelhas para que explique porque se gastou uma fortuna em submarinos quando afinal o que faz falta são helicópteros para combater os incêndios. E a medalha que recebeu do Rumsfeld, ele que a enfie no cu.
terça-feira, junho 07, 2005
Ainda "A louca da casa"
Sobre o livro que acabei de ler há dias, a princípio senti-lhe o mesmo sabor que sinto às vezes quando leio algum daqueles cronistas de fim-de–semana que, à falta de assunto, se vão esforçando e escrevinhando à volta do bico da caneta sobre exactamente isso, a falta de assunto. E acabam quase sempre por ir parar àquilo onde ela foi, que é falar sobre a escrita. Ou direi literatura? Mas acabou por ser interessante. O livro é um ensaio meio autobiográfico sobre a arte e o trabalho de escrever, e isso, para quem lhe vai tomando o gosto, mesmo que escreva mal e poucamente é sempre interessante. Quando calhar agora vou procurar o último romance dela, em que, já me disseram, há um episódio delicioso (e verídico) passado numa cantina universitária alemã entre um estudante negro e uma jovem professora local. A história parece que promete! Acho que é costume nas histórias dela misturar ficção e realidade. Mas não é afinal sempre assim!?
segunda-feira, junho 06, 2005
E eu ralado...
«Desta vez Jardim foi longe demais - era o momento certo para o PSD agir. Não o fará - porque no fundo boa parte do Partido gostaria de ser como ele. Falta-lhe "lata" e uma ilha aos pés. Depois da geração rasca, temos agora a política rasca». Rolo Duarte no DN
domingo, junho 05, 2005
Uma boa notícia!
Os motores do futuro serão vegetarianos, alimentados por composto vegetal. Depois já se podem snifar os escapes à vontade.
Para ler na revista Nature.
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Para ler na revista Nature.
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O avanço da Humanidade
a caminho do futuro, aquilo a que chamamos "progresso", tem desde sempre sido uma corrida contra o nosso passado. Vamos avançando e lutando contra o que deixamos para trás, contra aquilo que já fomos como espécie Humana. Quando ainda no tempo em que a velocidade era a do cavalo e a da caravela, através do genocídio ou do aculturamento, os homens que tinham esse poder dominaram e submeteram outros homens que a distância encontrou noutro estádio de desenvolvimento tecnológico. Em África e na América, povos inteiros de "selvagens" foram subjugados ou dizimados em nome do progresso (e também da "fé") apenas por não terem ainda descoberto a pólvora. O progresso parece ser assim um vírus que vem do futuro em sentido contrário, a ponto de, ao mesmo tempo em que se avança para o Espaço (aqui também na procura da origem remota da Vida) na Terra as técnicas cada vez mais modernas continuarem a servir para ir apagando à força os sinais do nosso passado. Quer ele seja a "Idade Média" em que está o mundo Islâmico mergulhado, quer sejam épocas mais antigas ainda, como as que vivem hoje os povos do interior de África, do Bornéu ou da Amazónia. E nem mesmo a natureza é poupada. Talvez um dia estejamos tão "avançados" que seja possível reproduzir a Vida noutro planeta, mas o preço terá sido provavelmente o tê-la destruído aqui na Terra.
Quando perguntaram ao Dalai Lama o que mais o surpreendia na espécie humana, ele respondeu: "Os homens que dão cabo da saúde para ganharem dinheiro, e que depois o gastam para a recuperar. Ao pensarem tão ansiosamente no futuro, esquecem-se do presente, a tal ponto que acabam por não viver nem no presente nem no futuro... Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido."
sábado, junho 04, 2005
Se pudesse
voltar o tempo atrás, queria ver tudo de novo...
Este texto é muito bonito e as imagens também.
Parabéns aos autores do post.
(mas não me falem nas acácias floridas)
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