sexta-feira, outubro 29, 2004

Lusofonia


Parente inspiradora deste blog, e que nos une a todos, a Lusofonia é tema de um recente documentário brasileiro.
Martinho da Vila, diz que "a memória é construída na fala", e a sua tese é comprovada pelos indianos de Goa que se agarram nostalgicamente ao passado recusando-se a esquecer o português. Mas a frase que melhor define o documentário "Língua - Vidas em Português", é dita no filme pelo escritor moçambicano Mia Couto: "No fundo, não se está a viajar por lugares, mas sim por pessoas".

António Barreto


prémio Montaigne, diz que somos pequenos, pobres e incultos. Ele não, ele é alto, culto, e é provável que já tenha um pézito de meia.
Leia a entrevista.

Déjà vu

"Esta sensação é conhecida por criar um estado de vivência repetida no indivíduo, a viver algo que já tinha vivido, a ver algo que já tinha visto, a dizer algo que já tinha dito exactamente nas mesmas circunstâncias às mesmas pessoas. É normal que esta sensação intrigue..."
Leio este texto no Blog do Conhecimento sobre um fenómeno que muito me intrigou também, sobretudo porque por vários vezes o experimentei em mim próprio.
Claro que na minha infinita ignorância, tentei, depois da segunda ou terceira ocorrência, encontrar um explicação (empírica, como é de esperar) que se baseou na constatação de que o fenómeno só ocorria - pelo menos comigo assim era - quando eu me encontrava bastante cansado, ou com muita falta de sono. Ora sendo estas as condições ideais para a ocorrência do fenómeno, deduzi que, devido ao meu estado de esgotamento físico, haveria provavelmente um pequeníssimo lapso de tempo entre as sensações reais - de lugares, pessoas, situações - que os sentidos percebiam, e a consciência que eu tomava deles. Será que é este estranho e ínfimo desfasamento que provoca a sensação de já ter vivido aquilo antes?

Os fantasmas da Marktest

A propósito de sondagens, quero aqui confessar que nunca fui alvo de nenhuma, nem conheço ninguém que tivesse disso sido vítima. Quero por isso aproveitar este espaço para lançar um repto ao vasto(!) universo de leitores que por aqui passam: Por favor, se alguma vez na vida foram sondados... Como é que foi, foi bom? Foi mau? Digam-me, desabafem, basta um pequeno clic, não me deixem nesta angústia! Prometo sigilo absoluto.

A questão é esta

"Marcelo pode mentir, sabe mentir e já mentiu. Eu não sei se ele agora está a mentir outra vez ou não. Mas faz-me impressão que, nem neste blog nem em parte alguma, essa hipótese seja, sequer, abordada."

quinta-feira, outubro 28, 2004

Rigor histórico

Na China desenterraram o corpo dum chinesinho que devia ser deficiente ou coisa parecida, e os cientistas já vasculham uma tese de que "há não sei quantos milhões de anos os humanos eram afinal minúsculos e coisa e tal..."
Já pensaram que, se daqui a outros tantos milhões de anos, os vindouros encontram o crânio do Santana Lopes? Ou do Gomes da Selva? (escolham)
Hão de concluir que os cromagnons viveram na península Ibérica até ao século vinte e um. E se calhar têm razão.

Uma vez, num sonho


visitei a velha Bibioteca da Univesidade no meio da noite e encontrei-a cheia de insectos, milhares de traças com óculos pequeninos e gorros de dormir, alimentando-se magicamente através das histórias que liam. Serpenteavam de página em página, viajando através das palavras e, à medida que as tensões cresciam e os amantes se beijavam e os maus eram castigados, as caudas das traças começavam a brilhar, até que no fim toda a biblioteca parecia uma igreja cheia de velas que oscilavam suavemente da esquerda para a direita...
"A Regra de Quatro"

quarta-feira, outubro 27, 2004

Vinicius


"A gente não faz amigos, reconhece-os."

Finalmente

é o sonho de qualquer paparazzi que se realiza.
Um filtro que deixa ver através da roupa.

Podre de boa! (suponho)



"Uma Mulher tem todo o direito a mandar pró caralho os trolhas que berram desde o quinto andar as fodas que lhe davam se pudessem... está claro, ou tenho que fazer um desenho, fodasse?"

terça-feira, outubro 26, 2004

Sniff

"Depois da recente apreensão de quase meia tonelada de cocaína em Caracas, o preço do produto na Europa explodiu", ouço na rádio. Ora sabendo que os consumidores não deixarão de consumir por isso, e pagarão o que for preciso, concluo que quem lucra com a operação são os outros ( ou serão os mesmos?) que agora inflacionaram o preço do produto no mercado. Tenho que concluir que é uma jogada brilhante!

Aqui há dias

não sei se se lembram, tinha aqui um post em que, entre outras coisas, sugeria à Elsa Raposo que me ligasse para conversarmos, aliviar o stress, enfim, o que lhe apetecesse. Pois foi melhor do que eu podia esperar. Não ligou, mas apareceu-me. Sim é verdade, uma destas noites apareceu por cá e não vos digo nem vos conto... Não vos conto, porque anda muito trombeteiro aqui pela net e além disso não é de bom tom contar estas coisas. Mas antes de partir disse-me que estava um bocado farta de tanta exposição mediática e se eu não podia apagar o tal post. Fiz-lhe a vontade.
(Depois de ter acordado, claro.)

A amante de César

Ocorreu-me, num texto que li aqui ao lado, que sempre que se levanta um pouco do véu que cobre as relações entre os chamados ricos e poderosos, e nos deixam ver a maneira como se relacionam entre eles, percebe-se o estranho ranger de dentes e fica no ar um cheiro a intriga que não condiz com o ar glamorouso e sorridente que abrilhantam noutras aparições. Ganhar dinheiro é difícil, ganhar muito dinheiro é impiedoso.

segunda-feira, outubro 25, 2004

Com este sim!


O meu candidato e o seu assessor,
à espera da reincidência lá para 2006.
(agradecimento pela dica)

Blogodependente eu?

Teste também o seu grau de dependência.

Gostei


de ver e ouvir Keith Jarret ontem na 2,
pena ser um concerto de há 20 anos.

Eles sabem tudo

Adeptes du Trivial Pursuit et du Scrabble, Benoît et Catherine se sont taillé une solide réputation dans leur cercle d'amis. Un soir de printemps, quatre d'entre eux les appellent pour obtenir la réponse à une question qui les taraude. Benoît et Catherine se disent : "Tiens, si on en faisait une entreprise?"

Achados

domingo, outubro 24, 2004

Naufrágios


Num comentário a um post do Ma-Schamba, a propósito do comportamento de alguns dirigentes Africanos, dizia eu que, na tradição maritima Europeia, o comandante, em caso de naufrágio, é sempre o último a abandonar o navio. Isto foi interiorizado como comportamento moral ao longo de séculos. Outras culturas, sem esta experiência, provavelmente encaram este comportamento de forma diversa.

A insónia e o progresso

Gordura retirada de cadáveres é usada na cirurgia plástica, e tecidos para transplantes podem estar contaminados. Isto só por si já é arrepiante, mas há mais. Quem fornece os bancos de tecidos europeus são maioritariamente as morgues dos países de leste que foram privatizadas, onde há muita matéria prima e, como tudo, estão nas mãos da mafia. Nada mais animador.
Começo a pensar que até está bem que as televisões de referência passem depois das duas da manhã os programas que nos falam disto, e ponham no prime time coisas mais ligeiras, mais alegres ou mais fúteis. Assim, para deprimirem alguém, que deprimam aqueles que já devem estar deprimidos e ainda estão acordados a essa hora.

sábado, outubro 23, 2004

Leituras de fim de semana

Afinal havia outras

Só agora percebi. Quando o nosso Primeiro disse, naquela tarde, à sua chefe de gabinete que ia "passar pelas brasas", foi um mal entendido. Ele ia era ver as gajas à Moda Lisboa.

sexta-feira, outubro 22, 2004

Nem mais

Depois de ter lido toda a chacota que se fez sobre o assunto aqui na blogosfera, li isto no Abrupto de Pacheco Pereira. Fiquei melhor.
"O gozo que alguns fizeram com a queda de Fidel é uma estupidez e diz muito sobre a sensibilidade de quem o faz. Eu não tenha a mínima, nem direi simpatia que é demais, condescendência com o caudilho cubano, que enterrou o seu povo numa ditadura de miséria e violência. Mas, na queda, ele é um velho a cair, como acontece aos velhos. Será que alguns meninos sabem que, quando chegarem a velhos, também vão cair?"
Sobre a queda de Fidel, ler mais aqui.

Nós

"Modesta teoria linguística para explicar o nosso atraso"
Com este modesto título, Luís Raínha no BdE dá mais um contributo ao nosso esforço colectivo e permanente de escarafunchar o umbigo lusitano. Vale a pena ler.
Mas eu acrescentaria - como no futebol, todos temos opinião, não é? - que, para além das características que a geografia nos deu, que nos coloca aqui mesmo entre o continente Africano e a Europa, tivemos uma sangria de séculos em que a elite cultural e económica, que eram judeus, ou fugiu ou foi parar à fogueira. E nas classes populares, que também têm as suas elites, gente inteligente, trabalhadora e com coragem, os melhores, os mais aventureiros e determinados foram nas caravelas fazer os Brasis por aí fora. Quem cá ficou? Ficámos nós.


Salvem o português

de quem quer salvá-lo!
Isto refere-se à lingua, que o povo parece não querer salvação.

Metáfora e photoshop


Esta foto foi trucada. Não me passaram procuração,
mas as avestruzes não fazem isto. Quem faz isto somos nós.

Al Mussarada


E que tal umas migas, um vinhito de Pias e dois dedos de conversa?
Uma óptima ideia deste nosso compadre.

quinta-feira, outubro 21, 2004

Corta e cola

Retratos de nós

(não sei se ria se chore)
Para ajudar a perceber quem somos,
nada como uma visita a este site e ver as fotos.

quarta-feira, outubro 20, 2004

Adeus!


Calou-se a voz dos Tubarões.
Vai fazer falta!

Finalmente...

Já consigo ter aqui fotografias minhas! São disso exemplo as do post anterior.
Agradeço a ajuda ao autor deste blog, que recomendo, claro.

O erro de Einstein


Carlo Carnivale estudou na Universidade de Milão onde se formou em Física e mais tarde se tornou professor. Depois de se reformar, passou vários anos em África como trabalhador voluntário.
Longe do mundo - vive hoje retirado numa ilha num isolamento monástico - prossegue a sua investigação sobre a Teoria da Relatividade e pretende demonstrar que Einstein talvez não tivesse razão.
Encontrei-o no refúgio que ele próprio construiu com materiais recuperados ao mar. Com a ajuda de um painel solar, ainda conseguiu ter durante algum tempo um computador como ferramenta, mas o "ar do mar" acabou-lhe com essa preciosa ajuda. Agora, de volta ao papel e ao lápis, passa os dias afogado em cálculos e espera ter o seu trabalho concluído antes de morrer. A recente divulgação do trabalho do jovem cientista português João Magueijo foi para ele um estimulo.

"Afinal não sou o único a contestar Einstein!"

terça-feira, outubro 19, 2004

Aceita um cafézinho?

Tomei de empréstimo esta máquina. Podem servir-se. Enquanto não aumentarem os preços, é de borla. Agradecimentos e reclamações é aqui.



A peixeirada

entre os galináceos da Luz e os dragon ball das Antas vem mesmo a calhar. Se a isto se juntar o ruído dos outros animais da Quinta, o povão vai estando entretido e nem se dá conta das mexidas que se estão a preparar para controlar os órgãos de informação. Mas será que alguém ainda se interessa por isso?

segunda-feira, outubro 18, 2004

Medalha de bronze

para a língua portuguesa na blogosfera. O Mário de Carvalho tinha razão, sempre fomos um povo de tagarelas, nós e os brasileiros, claro. Ora vejam.

sábado, outubro 16, 2004

À espera da Primavera

O que me faz gostar dos países nórdicos é o seu grande sentido cívico.
Aquela fresca finlandesa que entrou quase nua pelo relvado durante um jogo do Europeu, lembram-se? Foi condenada a não voltar a fazer o mesmo durante os próximos seis meses. Também é inverno, não é?

Moita Flores


Não há dúvida que este virtuoso fez escola na PJ.
O escabroso enredo da novela Joana da Figueira vai sendo escrito pelos seus discípulos dia a dia e ditado o guião aos tablóides todos, rádios e televisões incluídas. Está viva? Foi vendida? Já antes tinha sido enterrada viva, agora parece-lhes que deve ter sido esquartejada antes...
Como entretenimento ou manobra de diversão não podia ser mais imaginativo. E há jornalistas que vão nisto! Vende bem, não é?


Corta e cola

"Acreditem-me quando vos digo que, de cada vez que insinuo que Pedro Santana Lopes é um imbecil e que Paulo Portas é um ditadorzito in vitro, dói-me mais a mim do que a eles".

sexta-feira, outubro 15, 2004

Caprichosa


Que brisa terá levado esta pluma até à direcção do Diário de Notícias?
Será que agora que tem o cabelo louro a terão confundido com alguma dócil Santanette?
Que Éolo a inspire e a proteja!

Até que enfim!


Agora que já cá não estão os convidados para o Euro 2004, já nos podemos comportar como de costume e dar largas ao nosso verdadeiro espírito civilizado. O sec. de Estado do Desporto já foi avisando que não vai ao jogo, que "não há condições"! E disse que responsável é a Liga, do Valentim Loureiro. Olha quem!

quarta-feira, outubro 13, 2004

PSL


Agora com a alcunha de Primeiro Ministro.

terça-feira, outubro 12, 2004

A jangada de pedra e cal

A propósito desta bela efeméride, os meus parabéns à navegante. Entretanto, se lhes surgir pela frente "El Ninho", que a experiência anime e revigore a tripulação.

Uma ganza pró Bibi

Este réu quer tomar antes do julgamento uma substância desinibidora, uma espécie de soro da verdade. Já agora, não há quem ponha uns pózinhos no chá do nosso inefável professor?

Ora toma!

Mário Soares à Sic notícias:
"Entre as qualidades que se reconhecem ao professor Marcelo, a coragem não é com certeza a mais importante". Pimba!
Mai logo, à conversa com Ant. José Teixeira, não percam.

domingo, outubro 10, 2004

Digam-me que é mentira!


Disseram-me agora que a Bjork é lésbica.
Mas que ganda porra! Não é só um domingo estragado,
é todo um sonho que se desmorona. E não me venham
com essas tretas de homofobia, que é como se a vocês,
meninas, lhes dissessem de repente que o Brad Pitt
era agora assessor do Ministro da Defesa.

O bardo

Li um texto no blog de esquerda sobre o bardo que é (ou foi?) o Manuel Alegre. Apesar de ter achado o título algo excessivo, o texto é bastante recomendável e eu gostei. Aliás, achei mesmo o texto brilhante. Mas no comentário que lá deixei, esqueci-me de lhe dizer isso. O comentário foi talvez um pouco emocional. Se lá forem digam-lhe isso.
Obrigado!

sábado, outubro 09, 2004

Para quem

ficar em casa este fim de semana,
clique, ligue as colunas e ouça de olhos bem abertos...

Finalmente


Um fim de semana em que o Sporting não perde com certeza.

Martelo silencioso

A pressa não é boa conselheira, e o professor Marcelo talvez tenha dado uma martelada num dedo quando, logo depois das palavras do inominável da Silva, se apressou a dizer "que aguardassem pela resposta no próximo domingo". Também ele devia ter aguardado, para pensar. Agora, no meio de todo este frenesim, está prisioneiro do seu silêncio.


sexta-feira, outubro 08, 2004

Noblesse


Wangari Maathai's husband divorced her in the 1980s, complaining that she was "too educated, too strong, too successful, too stubborn and too had to control." (quote from Encyclopedia of World Biography, 1999, Gale Group.)
Agradecimentos a este blog.

JPP

Podia podia


Podia ter sido escrito hoje...
"Este Governo não há-de cair - porque não é um edifício. Tem que sair com benzina - porque é uma nódoa."
O Conde D'Abranhos de Eça de Queiroz
(dica do Mau tempo no canil)

"Tricas"

Apetece-me concordar com o doutor Besugo. Já chega de paranóia. Ele diz que toda esta histeria à volta do prof. Marcelo talvez não se justifique, grave seria se se passasse na TV pública.
Leiam.

Tiros nos pés

O professor Marcelo deve ao País o esclarecimento de toda a verdade. É o que dizem quase todos os outros comentadores. Ora, para dizer a verdade, não é preciso esperar muito tempo. O silêncio do dito cujo só serve para o governo ir dando mais uns tirinhos nos pés.
Quem será que vai sair entalado da próxima intriga?

quinta-feira, outubro 07, 2004

Media Pimba


Além da chegada desta corja ao governo, é também o Big Borther que chega ao poder, mas na versão pimba da Teresa Guilherme. Eles estão-se bem nas tintas pró Marcelo - esse queixinhas. Preferem mil vezes o Castelo Bronco e os outros parvos todos que têm muito mais a ver com as suas audiências.

quarta-feira, outubro 06, 2004

Aqui a Lulu

que é como eu a trato quando calha, registou hoje a sua 2.000ésima visita. Mas eu já lhe disse, porque sou eu o chefe de redacção e na ausência de director não há cá merdas na chafarica, que depois de termos passado a mítica fronteira dos 1.000 já ninguém liga a isso. Agora se houver alguma coisa a comemorar será talvez quando for o primeiro aniversário, lá mais para frente. Sempre é um bom pretexto para abrir uma garrafa de uísque, que de champanhe não gosto muito.
A propósito, Vocês sabem o que é que se bebe aqui? - Pois acertaram!
E aproveito para agradecer encarecidamente, mas é verdade mesmo, encarecidamente a todos que me visitam... a vossa visita. ( eu e em nome da Lulu, claro) Sim, que eu sei que costumam ser uma boa meia-dúzia todos os dias. Fico muito contente com isso, juro.
Só tenho pena que muitos, ou muitas de vocês eu não saber quem são. Não deixam comentário... mas enfim, a vida é assim mesmo. Passem bem, e gostei da vossa visita na mesma.
A festa também não era para ser já.

O dia em que

ela apareceu a primeira vez lá em casa, lembro-me como se fosse hoje. Tocarem à porta foi a primeira surpresa, àquela hora quem seria? E outra surpresa foi quando abri e era ela. Ali parada a olhar lá para dentro por cima do meu ombro e a sorrir.
- Sabes, é das marchas populares, disse eu. Fiquei de guardar isto, desde que penhoraram a sede da colectividade que não há sítio onde guardar as coisas. Foi por causa de um diferendo com a Câmara.
(Pensar eu que tinha sido arrastado prás Marchas por aquela cabeleireira trintona e reboluda!)
- E serve duns anos pros outros?
- Claro que serve, já viste quanto isto custa? É só mudar algumas cores e um ou outro pormenor e já está, já ninguém se lembra do ano anterior!
E ela sorria, fascinada. Aquele pé-direito era enorme, e todos aqueles arcos e balões coloridos pendurados do tecto deviam dar um aspecto estranho. Eu já me tinha habituado, não via, não ligava. Mas ela...
- Mas isto é o máximo, parece que estás nas festas de Campo Maior todo o ano. É lindo! Nunca foste a Campo Maior?
- Não, para quê?

terça-feira, outubro 05, 2004

A propósito

do dia que hoje se comemora, vale bem a pena uma visita ao Almocreve. Além de uma história exaustiva das nossas várias bandeiras, há dois excertos geniais. Um de Fernando Pessoa,"A grande alma portuguesa", e outro de Guerra Junqueiro, "Um balanço patriótico". Imperdível!

Pitcairn


Uma comunidade de origem europeia, mantida isolada do mundo, pode regredir e tornar-se numa comunidade selvagem, pelo menos aos nossos olhos.
Parece ser este o caso com a população de Pitcairn, onde uma mulher veio para o exterior contar (e queixar-se) dos hábitos sexuais daquela gente. Caiu o Carmo e a Trindade! Mete tribunais e julgamentos e tudo, uma espécie de casa Pia lá deles.
Só que muitas mulheres lá da ilha, ouvidas por um jornalista, dizem que não se queixam de nada, que sempre foi assim ali...
Será que quando se conhecerem bem os costumes dos Papuas ou do Bornéu os juizes também avançarão?

Bono


o cantor Irlandês num recente encontro do Partido Trabalhista Britânico usou da palavra. Disse que em África se cruzou com um homem que lhe entregou o filho faminto que carregava nos braços dizendo: "Não quer levar o meu filho consigo? Leve-o, fique com ele. Lá, na terra de onde você vem, ele viverá, aqui vai morrer em breve!"
Não sei como ele terá respondido ao homem, também eu fiquei sem palavras...

sexta-feira, outubro 01, 2004

Prémio igNobel


Este ano o prémio foi para o autor de um estudo sobre os efeitos da música country e a taxa de suicídios. (in jornal Público)
Um outro estudo da autoria de um português (Menção Honrosa) foi sobre a causa do crescimento das orelhas nas mulheres que têm ancas escorridas como os homens, e nos gays.

Guerra moderna


O que é novo agora é que em muitas das acções de guerra a mão do autor e o próprio autor são parte da arma que se auto destroi no momento da acção. Foi assim em 11 de Setembro e noutros atentados, e nos casos do Teatro de Moscovo e mais recentemente na escola de Beslan, são os próprios justiceiros que se encarregam de fazer desaparecer os actores. Não fica assim ninguém para contar quem são os mandantes, o que se presta ao aparecimento de novos mitos e às mais variadas especulações.

Na cadeia


e no hospital é que se conhecem os verdadeiros amigos. Dizem!
Na primeira, não confirmo nem desminto, aliás sobre esse assunto só falo depois de me aconselhar com o meu advogado. No segundo, foi comovedor ver a enorme quantidade de flores e carinhos que a Lusofolia ( Lulu prós amigos ) recebeu enquanto esteve de baixa. Aqui vai um muito obrigado e bem hajam todos aqueles que a visitaram. Repararam que a garrafeira continua aqui ao lado à vossa disposição?