quinta-feira, dezembro 27, 2007
Obrigatório! Imperdível! Incontornável! Obra de referência e etc e tal. Sempre achei curiosos estes adjectivos que alguns intelectuais da praça usam a propósito de determinadas obras que leram e o comum dos mortais não conhece nem ouviu falar. Já não me lembro quem terá sido o erudito que mo apresentou, nem qual o adjectivo usado na altura. Mas por alguma razão Musil me ficou na memória. E quando mais tarde me lembrei de procurar um livro seu, o que mais me espantou foi não conhecer ninguém que o conhecesse, nem nenhuma livraria que tivesse uma obra sua, nem ninguém que soubesse de qualquer edição. Um completo mistério! Esperei, e como o mundo é grande, há pouco tempo descobri que uns amigos novos por acaso tinham em casa O Homem sem qualidades. É a obra ideal para se levar para uma ilha deserta, disseram-me. Foi exactamente isso que eu fiz, tenho-o aqui comigo, e quando voltar a respirar, e a terra, escolho o adjectivo.
quarta-feira, dezembro 26, 2007
Putaquepariu!
Depois de duas semanas sem dar nem ter notícias da terra, meio por querer meio sem querer, ligo a net e é com isto que eu dou:
Chegaram numa barcaça...
Chegaram numa barcaça...
terça-feira, dezembro 11, 2007
Copy/paste
João Paulo Guerra
"A Cimeira UE / África provou que os conceitos de ditador e de corrupto são relativos, de geometria variável: isto é, há ditadores bons, como haverá corruptos sérios."
De acordo com a Amnistia Internacional estiveram em Lisboa para a Cimeira dez ditadores que cometeram crimes contra os direitos humanos. Os corruptos não estão contabilizados, embora os países de alguns dos participantes na Cimeira figurem nas tabelas da maior e mais generalizada corrupção do mundo. Entre as estrelas que abrilhantaram a Cimeira contava-se o «pior ditador do planeta» e o tirano do «país mais perigoso do mundo». No currículo de alguns dos ilustres visitantes contam-se práticas como a da tortura, eliminação de presos políticos, prisão e assassínio de opositores. A civilizada Europa apertou mãos sujas de sangue em nome das conveniências, dos interesses, do oportunismo, confirmando a suspeita de que os princípios estão metidos na gaveta, se é que não passaram definitivamente à história.
Fica então a saber-se que a questão dos Direitos Humanos é meramente instrumental e serve apenas como arma de arremesso contra os ditadores que não são «nossos amigos», os que contestam mais ou menos violentamente o sistema económico que rege o mundo rico e produz o mundo pobre. A questão com Cuba, por exemplo, não tem a ver com a democracia mas com a propriedade dos casinos.
A Cimeira proporcionou chorudos negócios particulares e deixou a promessa de milhões para África. Nem um cêntimo chegará à grande maioria dos africanos pobres. Mas algumas riquíssimas famílias africanas agradecem e a Europa fica de consciência sossegada e à espera das contrapartidas. E uma dezena de tiranos viu a tirania agraciada em Lisboa.
(João Paulo Guerra é nosso colaborador involuntário mas quem lhe paga é o Diário Económico)
"A Cimeira UE / África provou que os conceitos de ditador e de corrupto são relativos, de geometria variável: isto é, há ditadores bons, como haverá corruptos sérios."
De acordo com a Amnistia Internacional estiveram em Lisboa para a Cimeira dez ditadores que cometeram crimes contra os direitos humanos. Os corruptos não estão contabilizados, embora os países de alguns dos participantes na Cimeira figurem nas tabelas da maior e mais generalizada corrupção do mundo. Entre as estrelas que abrilhantaram a Cimeira contava-se o «pior ditador do planeta» e o tirano do «país mais perigoso do mundo». No currículo de alguns dos ilustres visitantes contam-se práticas como a da tortura, eliminação de presos políticos, prisão e assassínio de opositores. A civilizada Europa apertou mãos sujas de sangue em nome das conveniências, dos interesses, do oportunismo, confirmando a suspeita de que os princípios estão metidos na gaveta, se é que não passaram definitivamente à história.
Fica então a saber-se que a questão dos Direitos Humanos é meramente instrumental e serve apenas como arma de arremesso contra os ditadores que não são «nossos amigos», os que contestam mais ou menos violentamente o sistema económico que rege o mundo rico e produz o mundo pobre. A questão com Cuba, por exemplo, não tem a ver com a democracia mas com a propriedade dos casinos.
A Cimeira proporcionou chorudos negócios particulares e deixou a promessa de milhões para África. Nem um cêntimo chegará à grande maioria dos africanos pobres. Mas algumas riquíssimas famílias africanas agradecem e a Europa fica de consciência sossegada e à espera das contrapartidas. E uma dezena de tiranos viu a tirania agraciada em Lisboa.
(João Paulo Guerra é nosso colaborador involuntário mas quem lhe paga é o Diário Económico)
segunda-feira, dezembro 10, 2007
domingo, dezembro 09, 2007
sábado, dezembro 08, 2007
Weekend à Lisbonne
É muito provável que esta feira de vaidades não dê em nada. E a esperteza do coronel Kadafi, ao marcar a agenda, ainda vai fazer com que se discutam os problemas do passado em lugar dos problemas do presente.
sexta-feira, dezembro 07, 2007
Todos nós...
Todos nós, que sempre nos achámos de esquerda, hoje somos um bocadinho de direita não é? E depois?
quinta-feira, dezembro 06, 2007
O que se passa no Zimbabwe
"O que se passa no Zimbabwe é que Mugabe perseguiu, humilhou, expropriou e destroçou a comunidade de fazendeiros brancos de origem britânica". ler Eduardo Pitta
quarta-feira, dezembro 05, 2007
Manga rosa
Chegaram as primeiras mangas, e se outra razão não houvesse, esta bastava para me prender aqui. Não comia mangas tão boas desde a minha infância!
terça-feira, dezembro 04, 2007
Notícias da Metrópole
Dizem-me que o dr. António Marinho é o novo Bastonário da Ordem dos Advogados portugueses, e eu fico contente.
Depois leio este texto de António Barreto e também fico contente... mas por estar longe.