segunda-feira, fevereiro 28, 2011

numa coisa estamos de acordo

quando o homem afirma que as mortes na Líbia têm sido provocadas por terroristas

sexta-feira, fevereiro 25, 2011


Você sabia que o Facebook está a vender informação dos seus usuários? O que muitos usuários não sabem é que, de acordo com as condições do contrato que virtualmente assumem, ao fazer clic no quadro "aceito", os usuários autorizam e consentem ao Facebook a propriedade exclusiva e perpetua de toda a informação e imagens que publicam. Assim, os membros automaticamente autorizam ao Facebook o uso vitalício e transferível, junto com os direitos de distribuição, de tudo o que colocam na sua página Web. Os termos de uso reserva ao Facebook, o direito a conceder e sub-licenciar todo o "Conteúdo do usuário" a outros propósitos. Sem o seu consentimento, muitos usuários convertem as suas fotografias em publicidade, transformando um comércio privado num pertence público.
De repente tudo o que os seus membros publicaram, incluindo as suas fotografias pessoais, a sua tendência política, o estado das suas relações afectivas, interesses individuais e até a morada de casa, foi enviado sem autorização expressa a milhares de usuários.

Sabia que muitos empregadores americanos ao avaliar os C.V., consultam o Facebook para conhecer intimidades dos candidatos? A prova de que uma página no Facebook não é privada, evidenciou-se num conhecido caso da Universidade John Brown que expulsou um estudante quando descobriu uma foto que colocou no Facebook vestido de travesti. Outra evidência aconteceu quando um agente do Serviço Secreto visitou na Universidade de Oklahoma o estudante do segundo ano Saúl Martínez, por um comentário que publicou contra o presidente. E para cúmulo, o assunto não termina quando os usuários cancelem a sua conta: as suas fotos e informação permanecem, segundo o Facebook, para o caso de quererem reactivar a sua conta; o usuário não é retirado, inclusive, quando morre. De acordo com as 'condições de uso,' os membros não podem obrigar que o Facebook retire os dados e imagens dos seus dados, já que quando o falecido aceitou o contrato virtual, concedeu ao Facebook o direito de mante-lo activo sob um status especial de partilha por um período de tempo determinado para permitir que outros usuários possam publicar e observar comentários sobre o defunto.
Saibam os usuários do Facebook que são participantes indefesos de um cenário que os académicos qualificam como o caso de espionagem maior na história da humanidade. Um verdadeiro "Big Brother".

(recebido por mail)

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Será possível?

Desincorajado eu?

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Wim Wenders e Pina Baush

terça-feira, fevereiro 15, 2011

Sobre o Egipto, ouçamos os bruxos



«Não percebo por que razão os políticos divagam e os jornais se entusiasmam. Não chegou o delírio democrático depois da queda do muro e do colapso da URSS, para perceber que uma insurreição popular não leva forçosamente a uma democracia? Nem sequer chegou o exemplo português de que um pequeno partido, com influência ideológica e bem organizado, pode facilmente corromper os militares e tomar conta do Estado? Os manifestantes da praça Tahrir, um conjunto heterogéneo de descontentes, conseguiram de facto correr com Mubarak. Mas porque o Exército (nestas coisas, a Força Aérea e a Marinha não contam), que era o árbitro desde o primeiro momento, o abandonou. Foi o Exército que uniu a oposição e que, em última análise, tinha os meios de agir. Por muito que doa ao idealismo adolescente em moda, civis sem armas não derrubam ditaduras. Barak Obama disse logo que a "revolução" (?) do Egipto o inspirara. Também, segundo consta, inspirou a Liga Árabe, o Irão, o Hezbollah e o Hamas. Isto devia dar que pensar a Obama e à "Europa". Infelizmente não deu. Até a pobre Suíça, com a sua prudência, congelou as contas de Mubarak. Ninguém no Egipto vai agradecer à ingenuidade do Ocidente e, sobretudo, ninguém espera que eleições livres (a mezinha do costume) refaçam um regime e uma ordem civil tolerável. Em primeiro lugar, não há - e tão cedo não haverá - partidos democráticos. Em segundo lugar, há a Irmandade Muçulmana, cujo nome fala por si (apesar da mansidão que ultimamente exibiu). Em terceiro lugar, há 80 milhões de habitantes, na maioria miseráveis, dispersos por um país sem fim. No meio disto, e presumindo a mais do que provável (se não inevitável) interferência do Irão, como imaginar que se resolveria fosse o que fosse com eleições? O único resultado seria quase com certeza o alargamento e o reforço da "Irmandade Muçulmana". O Ocidente continua a persistir que a democracia ("a liberdade") é uma fórmula política. O pior é que não é - é uma forma de civilização, que mesmo na Europa levou dois séculos de conflito, interno e externo, para se impor e que exige a existência prévia de uma cultura "iluminista" (de qualquer espécie: francesa, inglesa ou alemã...) e de um Estado decididamente secular. Se o Egipto, que nunca pertenceu, nem temporariamente, ao mundo democrático se sair deste aperto com uma ditadura militar, menos brutal e menos corrupta do que a de Mubarak, já é uma sorte. Uma grande sorte.»

Nota: Entretanto, o PREC egípcio já fez as primeiras vítimas. O Museu do Cairo foi vandalizado pelos "revolucionários democráticos" e desapareceram pelo menos três peças de valor inestimável fora as tradicionais peripécias da pura e estúpida destruição. Aquela gente não muda a sua natureza pelo simples facto de ter o focinho no facebook e acesso à internet. Os milhares ou milhões de manifestantes que tão túrgidos derrames têm provocado ao "ocidente" - entre nós, é ler os jornais ou os blogues para se perceber até onde pode chegar a idiotia colectiva - constituem uma sociedade que não se distingue propriamente pelo "progresso" intelectual, pelo cosmopolitismo dos costumes ou pelo respeito do "outro". A mania que se pode exportar a democracia para todo o lado (os EUA fomentam democracias e ditaduras à vez) releva da mais pura ignorância, aquela que, aos poucos, vai enterrando uma certa "ideia de ocidente" à custa da tolice multicultural.
Vasco Pulido Valente, Público

terça-feira, fevereiro 08, 2011

e se cada português...



A ideia não é minha... mas é uma boa ideia.
É assim: E se cada português passasse a consumir unicamente, ou sempre que possível, produtos portugueses? Segundo alguns economistas, o impulso de tal gesto na economia nacional seria no mínimo surpreendente. Alguns dirão que em muitos casos os produtos nacionais são mais caros que os produtos importados. Talvez, e depois? Não será que mesmo assim valeria a pena? Pois quem achar interessante a ideia que a divulgue e sobretudo a ponha em prática. Eu por exemplo que estou a pensar comprar carro novo já encomendei um Setubalinho, daqueles de três rodas que os ciganos usam, com motor FAMEL
(a propósito sabem o que quer dizer FAMEL? foda-se a mota é linda)

por favor, vejam até ao fim


(obrigado à minha querida mana)

sábado, fevereiro 05, 2011

Estádio Nacional do Zimpeto



"Leio, na imprensa desta semana, que o Estádio Nacional, essa obra que devia ser o orgulho de todos os moçambicanos – pelo menos foi essa a imagem que sempre nos quiseram fazer passar – reprovou na inspecção dos senhores da FIFA. Nada mais natural.

O estranho, conhecendo os critérios rigorosos dos inspectores do órgão que rege o futebol mundial, era mesmo se passasse. Porque aqui, meus caros, ao contrário da escola em que o aluno suborna o professor com 50 meticais para passar no exame ou na obra que é desembargada com uns poucos milhares de meticais porque não há tempo a perder, negócio oblige, os senhores da FIFA são à prova de bala no que aos critérios de aprovação de um recinto desportivo diz respeito.

Os critérios estão muito bem especificados, está tudo escrito tintim por tintim, como se costuma dizer. Ninguém pode alegar que não os conhece.

Parece que as irregularidades do Estádio Nacional são tantas, o chumbo é tão redondo, que nem vale a pena apelar para uma revisão de provas, numa tentativa de irmos à prova oral.

Desde as dimensões do campo (imagine-se!), passando pelo deficiente posicionamento das máquinas electrónicas de controlo de entradas, até à falta de estacionamento e ao dumba nengue em redor, nada obedece aos critérios dos tempos de hoje.

E agora a quem se pede responsabilidades? Ao Governo? À Federação? À empresa chinesa que construiu o recinto? Uns mais outros menos, ninguém deverá estar isento de culpas, mas ela, a culpa, como em tudo o que se passa neste país, irá morrer solteira.

Sem qualquer laivo de racismo, que know how possuem os chineses em matéria de construção de estádios? Porque lhes foi entregue uma obra desta responsabilidade? Terá sido uma proposta tão mais barata do que as outras que valesse a pena correr todos estes riscos?

Um dos critérios a favor da empresa chinesa era a rápida conclusão da obra que supostamente deveria estar pronta a tempo de ser aproveitada para o Mundial da África do Sul, o que, como se sabe, falhou redondamente. Depois desse primeiro fracasso, somaram-se todos os outros – demasiado exaustivos para citá-los – culminando no chumbo, também ele redondo, da FIFA.

Um dos gravíssimos problemas deste país é a falta de seriedade que invadiu toda a pirâmide económicosocial, desde a morte de Samora. Ninguém trata as coisas com seriedade. A seriedade, essa base que existe em muitas sociedades de outros países, aqui, no nosso, deixou de existir.

Desde as balanças com que pesamos a fruta na rua – muitas estão adiantadas meio quilo –, passando pelas bombas de gasolina onde os litros possuem várias medidas, pelos sacos de cimento ou pelo bife no restaurante, até às grandes obras, tudo é, como se diz na gíria popular, mafiado.

Somos um país de mafiosos, pequenos e grandes. Gato por lebre é o nosso prato do dia. Parece que meio Moçambique acorda de manhã para enganar o outro meio Moçambique. A mentira virou regra e a verdade excepção. O Estádio Nacional é só mais um paradigma desta falta de seriedade.

Aproveitemos, já que o Governo decretou 2011 como o ano de Samora Machel, para sermos um pouco mais sérios. É uma merecida homenagem que lhe prestamos."

in Jornal a Verdade