sexta-feira, abril 15, 2011
quinta-feira, abril 14, 2011
quarta-feira, abril 13, 2011
Países de merda
Circula pela net um pequeno filme que retrata o modo algo espartano como vivem os deputados suecos que por dever de ofício se encontram deslocados em Estocolmo. Apartamentos diminutos de quarto e sala, ou salinha, e por vezes menos que isso. Diz-se também no filme que a maioria deles se desloca habitualmente para o parlamento em transporte público ou de bicicleta. E tudo isto era comparado com o nível de vida que se conhece aos deputados portugueses. Pois muito a propósito, agora há dias no Terreiro do Paço (vi na TV) sobre a vinda dos fiscais do FMI a Portugal, um jornalista entrevistava um casal de holandeses que por ali passava e que estranhava que estando Portugal na situação em que está, os restaurantes em Lisboa se encontrassem cheios, e haver tantos carros a circular nas ruas. Diziam eles que na holanda é costume as pessoas levarem uma sanduiche ou um pequeno farnel para comerem no emprego, que não tinham o hábito de comerem em restaurantes e que preferiam usar os transportes públicos no dia a dia em vez do automóvel. Claro que isto são os suecos e os holandeses a falar, eles que vivem naqueles países de merda que nós sabemos.
terça-feira, abril 12, 2011
segunda-feira, abril 11, 2011
Campeão do Zig-Zag
Fernando Nobre passou em poucos anos de apoiante de Durão Barroso a apoiante de Mário Soares, de apoiante do Bloco de Esquerda não sei a quê, a candidato pelo PSD a mais outra merda qualquer. Com tanto zig-zag não há de o homem estar tonto!
É este! É este!
É este o homem que ousou discordar do "Querido Líder". Espera-o um lindo futuro.
(via Albergue Espanhol)
(via Albergue Espanhol)
sexta-feira, abril 08, 2011
É só fazer as contas
Se pensarmos no número de pequenos novos ricos que apareceram nos últimos, digamos 15 ou 20 anos em Portugal, e no número de pobres que são precisos para fazer um rico, acho que encontramos a explicação para a crise.
quinta-feira, abril 07, 2011
quarta-feira, abril 06, 2011
O carro é giro... mas para ver ao longe
Uma pintura sobre o último modelo do Fiat 500, retratando a mulher nas comunidades moçambicanas, foi a última obra do falecido artista Malangatana e apresentada em Maputo para leilão, a favor da fundação deixada pelo pintor, 5 abril 2011, Maputo. ANTONIO SILVA/LUSA
Imperdoável! Neste pormenor (clic para ampliar) pode ver-se a falta de qualidade no acabamento da pintura. Ninguém quer ter um carro pintado a pincel, sem polimento, sem brilho, e com este aspecto. Claro que a culpa não é do artista mas da secção de pintura do representante da Fiat.
terça-feira, abril 05, 2011
segunda-feira, abril 04, 2011
Socialistas esquemáticos
A expressão socialismo esquemático surgiu com alguma graça nos anos 80 em Angola, onde a única coisa que funcionava eram os "esquemas", muitos dos quais estão na origem do capitalismo cleptocrático que todos conhecemos hoje. Na antiga metrópole, embora o petróleo e os diamantes a distribuir sejam outros, o esquema não é muito diferente.
sábado, abril 02, 2011
A amizade
"Naqueles longínquos anos 80 o Prof. Aníbal Cavaco Silva era docente na Universidade Nova de Lisboa.
Mas o prestígio académico e político que entretanto granjeara (recorde-se que havia já sido ministro das Finanças do 1º Governo da A.D.) cedo levaram a que fosse igualmente convidado para dar aulas na Universidade Católica.
Ora, embora esta acumulação de funções muito certamente nunca lhe tivesse suscitado dúvidas ou sequer provocado quaisquer enganos, o que é facto é que, pelos vistos, ela se revelou excessivamente onerosa para o Prof. Cavaco Silva.
Como é natural, as faltas às aulas – obviamente às aulas da Universidade Nova – começaram a suceder-se a um ritmo cada vez mais intolerável para os órgãos directivos da Universidade.
A tal ponto que não restou outra alternativa ao Reitor da Universidade Nova, na ocasião o Prof. Alfredo de Sousa, que não instaurar ao Prof. Aníbal Cavaco Silva um processo disciplinar conducente ao seu despedimento por acumulação de faltas injustificadas.
Instruído o processo disciplinar na Universidade Nova, foi o mesmo devidamente encaminhado para o Ministério da Educação a quem, como é bom de ver, competia uma decisão definitiva sobre o assunto.
Na ocasião era ministro da Educação o Prof. João de Deus Pinheiro.
Ora, o que é facto é que o processo disciplinar instaurado ao Prof. Aníbal Cavaco Silva, e que conduziria provavelmente ao seu despedimento do cargo de docente da Universidade Nova, foi andando aos tropeções, de serviço em serviço e de corredor em corredor, pelos confins do Ministério da Educação.
Até que, ninguém sabe bem como nem porquê,... desapareceu sem deixar rasto...
E até ao dia de hoje nunca mais apareceu.
Dos intervenientes desta história, com um final comprovadamente tão feliz, sabe-se que entretanto o Prof. Cavaco Silva foi nomeado Primeiro-ministro.
E sabe-se também que o Prof. João de Deus Pinheiro veio mais tarde a ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros de um dos Governos do Prof. Cavaco Silva, sem que tivesse constituído impedimento a tal nomeação o seu anterior desempenho, tido geralmente como medíocre, à frente do Ministério da Educação.
Do mesmo modo, o seu desempenho como ministro dos Negócios Estrangeiros, pejado de erros e sucessivas “gaffes”, a tal ponto de ser ultrapassado em competência e protagonismo por um dos seus jovens secretários de Estado, de nome José Manuel Durão Barroso, não constituiu impedimento para que o Primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva viesse mais tarde a guindar João de Deus Pinheiro para o cargo de Comissário Europeu.
De qualquer modo, e como é bom de ver, também não foi o desempenho do Prof. João de Deus Pinheiro como Comissário Europeu, sempre pejado de incidentes e críticas, e de quem se dizia que andava por Bruxelas a jogar golfe e pouco mais, que impediu mais tarde o Primeiro-ministro Cavaco Silva de o reconduzir no cargo.
A amizade é, de facto, uma coisa muito bonita..."
# posted by Luis Grave Rodrigues
Mas o prestígio académico e político que entretanto granjeara (recorde-se que havia já sido ministro das Finanças do 1º Governo da A.D.) cedo levaram a que fosse igualmente convidado para dar aulas na Universidade Católica.
Ora, embora esta acumulação de funções muito certamente nunca lhe tivesse suscitado dúvidas ou sequer provocado quaisquer enganos, o que é facto é que, pelos vistos, ela se revelou excessivamente onerosa para o Prof. Cavaco Silva.
Como é natural, as faltas às aulas – obviamente às aulas da Universidade Nova – começaram a suceder-se a um ritmo cada vez mais intolerável para os órgãos directivos da Universidade.
A tal ponto que não restou outra alternativa ao Reitor da Universidade Nova, na ocasião o Prof. Alfredo de Sousa, que não instaurar ao Prof. Aníbal Cavaco Silva um processo disciplinar conducente ao seu despedimento por acumulação de faltas injustificadas.
Instruído o processo disciplinar na Universidade Nova, foi o mesmo devidamente encaminhado para o Ministério da Educação a quem, como é bom de ver, competia uma decisão definitiva sobre o assunto.
Na ocasião era ministro da Educação o Prof. João de Deus Pinheiro.
Ora, o que é facto é que o processo disciplinar instaurado ao Prof. Aníbal Cavaco Silva, e que conduziria provavelmente ao seu despedimento do cargo de docente da Universidade Nova, foi andando aos tropeções, de serviço em serviço e de corredor em corredor, pelos confins do Ministério da Educação.
Até que, ninguém sabe bem como nem porquê,... desapareceu sem deixar rasto...
E até ao dia de hoje nunca mais apareceu.
Dos intervenientes desta história, com um final comprovadamente tão feliz, sabe-se que entretanto o Prof. Cavaco Silva foi nomeado Primeiro-ministro.
E sabe-se também que o Prof. João de Deus Pinheiro veio mais tarde a ser nomeado ministro dos Negócios Estrangeiros de um dos Governos do Prof. Cavaco Silva, sem que tivesse constituído impedimento a tal nomeação o seu anterior desempenho, tido geralmente como medíocre, à frente do Ministério da Educação.
Do mesmo modo, o seu desempenho como ministro dos Negócios Estrangeiros, pejado de erros e sucessivas “gaffes”, a tal ponto de ser ultrapassado em competência e protagonismo por um dos seus jovens secretários de Estado, de nome José Manuel Durão Barroso, não constituiu impedimento para que o Primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva viesse mais tarde a guindar João de Deus Pinheiro para o cargo de Comissário Europeu.
De qualquer modo, e como é bom de ver, também não foi o desempenho do Prof. João de Deus Pinheiro como Comissário Europeu, sempre pejado de incidentes e críticas, e de quem se dizia que andava por Bruxelas a jogar golfe e pouco mais, que impediu mais tarde o Primeiro-ministro Cavaco Silva de o reconduzir no cargo.
A amizade é, de facto, uma coisa muito bonita..."
# posted by Luis Grave Rodrigues