das poucas vezes que o vi, confesso que achei o espectáculo confrangedor e patético, e a ideia com que fiquei foi de uma manifestação de enorme solidão. O homem ali especado sozinho a acenar do passeio a quem passava, e as pessoas a responderem aos acenos de dentro dos carros, e a rirem-se, enquanto seguiam os seus caminhos sem pararem. Penso que ninguém que tenha companhia, que tenha amigos, vem procurar o afecto daquela forma para a rua. Como patética também achei a festa que fizeram agora ao homem no largo do Saldanha, agora depois de ele ter morrido. Acho que este será com certeza um "case study" interessantíssimo para os especialistas.