não deixem de ver...

um abraço para Flora

"A Flora pegou em armas sim, não durante a guerra colonial, que é demasiado jovem para isso, mas na guerra civil, entre a FRELIMO e a RENAMO, aquela que, como sabes, durou entre 1976 e 1992 e que terá provocado qualquer coisa como um milhão de mortes.
Flora Alberto Ngume contou-me em poucos minutos a sua vida..."

post natalício com a participação de António Lobo Antunes

"Talvez os momentos que tive mais próximos daquilo a que se chama felicidade me aconteceram quando fazia um parto

eu resolvia os problemas que as mulheres ou o meu colega feiticeiro não eram capazes de solucionar, quando acabava saía do casinhoto da enfermaria como se tivesse ainda nas mãos uma vidinha trémula e achava-me feliz."

Um bom Natal para vocês também!

este post pode à primeira vista parecer um pouco narcísico mas justifica-se perfeitamente. É Natal e estão aqui representadas três brilhantes gerações da Silva, essa é que é essa. Um abraço de todos e para todos.

as razões do sucesso (uma das)

"Eu tinha desenvolvido uma ideia, segredada prudentemente aos companheiros mais chegados, de que a incompetência militar era a nossa melhor arma. Muitas vezes constatei não termos caído numa fatal emboscada apenas porque, por uma razão menor, nos tinhamos atrasado na marcha. Também nas guerras que se seguiram havia a apontar factos semelhantes, operações que se realizavam com êxito por serem destituídas de toda a lógica. Eu costumava dizer, naqueles tempos em que os computadores não tinham uso tão generalizado, que a nossa imprevisibilidade por falta de preparação era tão grande que quando os tipos da CIA ou da Inteligência sul-africana enfiavam os dados no computador, relatando as nossas acções, reacções e contra-reacções, queimavam os sistemas todos, por incompatibiliidade absoluta. E nós passávamos incólumes."

"Fábulas"

"Fábulas" foi ontem apresentado no Instituto Camões de Maputo. Trata-se de uma recolha de belíssimos contos da tradição oral de Cabo Delgado, a província mais a norte de Moçambique, e foi passado à escrita por António Cabrita. Parabéns!

" ... o ideal seria que esta nossa versão destas histórias - numa recriação assumidamente literária - não fosse a derradeira, mas que ela por sua vez motivasse novos influxos e acrescentos, no labor anónimo que urde a mágica tapeçaria dos povos." AC

e o La Féria já fechou a chafarica?

O Inatel levou um grupo de terceiridosos a ver uma peça de teatro modernaça ao S. Luís e eles não gostarem. O que é que queriam? Já não há Feira Popular, o Parque Mayer acabou, porque é que ninguém se lembrou de os levar ao Jardim Zoológico?

A massa de que eram feitos os "Pides"

A revolução de 74 acabou com a Pide, mas não acabou com a massa de que aquela gente era feita:

"A minha inquietação é perceber que há, nos dias que correm, milhares de pessoas a serem escutadas. Num país que viveu meio século de ditadura era isto, e não a curiosidade dos portugueses, que devia preocupar qualquer amante da liberdade. Este big brother que tudo ouve sem sequer conseguir manter segredo do que ouve é um monstro perigoso. E se ouve sem reserva quem manda no Estado, imaginem o que fará com a arraia-miúda."

Os perigos de uma História única,

para quem precisar tem legendas em português

uma boa dica para resolver problemas

obrigado ao nosso amigo Paulo

o maior fotógrafo de sempre

para os meus amigos

o melhor da música moçambicana

numa manhã de chuva em Maputo

andar à chuva nas ruas de Maputo, sobretudo com uma câmara ao pescoço, pode acarretar alguns riscos, mas é sempre inspirador. No dia internacional contra a Sida, estas mamanas esperavam para se juntarem a uma marcha alusiva.