quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Carta Aberta ao Primeiro Ministro

Em 1884, Bordalo Pinheiro funda uma fábrica de cerâmica artística, que pretende exemplar, nas Caldas da Rainha. Aí, aquele que muitos consideram o maior artista português do séc. XIX desenha, inventa, modela e pinta milhares de peças que concretizam, excedem e amplificam toda uma tradição, definindo um estilo que ainda hoje, tantos anos volvidos, todos identificamos imediatamente. Mais de cem anos após a sua morte, a fábrica herdeira do seu saber continua a produzir esta obra genial.

As notícias recentes e inquietantes sobre o futuro da Fábrica de Faianças Artísticas Bordalo Pinheiro obrigam-nos neste momento a manifestar-nos publicamente. Por preocupação com um património histórico único e em defesa da obra de um artista que desde finais do séc. XIX integra o imaginário nacional.

Num momento em que a vida desta empresa conhece piores dias e quando se perspectiva a venda desta fábrica, apelamos a uma intervenção do Estado, qualquer que seja o seu futuro, no sentido de:

- salvaguardar que o espólio do artista Bordalo Pinheiro (moldes, desenhos e peças originais) se mantenha na fábrica e seja a matriz de uma nova estratégia de qualidade e afirmação da marca Bordalo Pinheiro;

- aprofundar a inventariação, estudo, preservação e divulgação deste espólio, promovendo o reconhecimento de uma faceta menos consagrada deste artista;

- salvar uma fábrica única pela sua história e pelo saber especializado daqueles que aí trabalham, assegurando a transmissão deste na formação de futuras gerações, de modo a fazer também desta empresa um lugar de ensino;

- estimular, simultaneamente, a renovação da marca Bordalo Pinheiro, envolvendo nomes prestigiados e novos valores do design e das artes;

- contribuir para a definição de uma estratégia que reposicione a marca Bordalo Pinheiro num segmento de mercado de excelência, a nível nacional e internacional, investindo na sua divulgação, marketing e distribuição.

Os autores desta carta apelam pois ao Estado para que, neste momento crítico, olhe para a singularidade desta situação e, nós próprios, não nos demitindo das nossas responsabilidades enquanto cidadãos, disponibilizamo-nos para contribuir para essa reflexão.

Autores:

Raquel Henriques da Silva, Professora de História da Arte, FCSH Universidade Nova Lisboa.
Joana Vasconcelos, Artista Plástica.
Elsa Rebelo, Coordenadora do Atelier Artístico da Fábrica Bordalo Pinheiro
Henrique Cayatte, Designer, Presidente do Centro Português de Design.
Bárbara Coutinho, Directora do MUDE. Museu do Design e da Moda
Catarina Portas, Empresária A Vida Portuguesa
Lúcia Marques, Curadora Independente
Carmo Afonso, Advogada

terça-feira, fevereiro 24, 2009

A origem do... mal

"Estávamos em 1866..." (vale a pena ler o resto)

segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Maravilhas da natureza humana

Vejam o que 70 bailarinos, misturados entre os passageiros, conseguiram fazer numa segunda-feira de manhã numa estação de metro de Londres...


(obrigado à tia Maria pela dica)

sexta-feira, fevereiro 20, 2009

A crise (segundo Einstein)

"Não pretendamos que as coisas mudem, se sempre fazemos o mesmo. A crise é a melhor bênção que pode ocorrer com as pessoas e países, porque a crise traz progressos. A criatividade nasce da angústia, como o dia nasce da noite escura. É na crise que nascem as invenções, os descobrimentos e as grandes estratégias. Quem supera a crise, supera a si mesmo sem ficar "superado".Quem atribui à crise seus fracassos e penúrias, violenta seu próprio talento e respeita mais aos problemas do que as soluções. A verdadeira crise, é a crise da incompetência. O inconveniente das pessoas e dos países é a esperança de encontrar as saídas e soluções fáceis. Sem crise não há desafios, sem desafios, a vida é uma rotina, uma lenta agonia. Sem crise não há mérito. É na crise que se aflora o melhor de cada um. Falar de crise é promovê-la, e calar-se sobre ela é exaltar o conformismo. Em vez disso, trabalhemos duro. Acabemos de uma vez com a única crise ameaçadora, que é a tragédia de não querer lutar para superá-la".

Texto encontrado aqui.

quinta-feira, fevereiro 12, 2009


Dizem-me que hoje, mais que nunca, e derivado à crise, por todo o lado fecham empresas e fábricas e que vai tudo para casa com uma mão à frente e outra atrás. Tudo? É que eu gostava de saber o que é feito daqueles que decretam que as suas empresas já não são viáveis e as fecham. Será que também estão em casa a viver do subsídio de desemprego?

terça-feira, fevereiro 10, 2009

dez minutos imperdiveis

desde Laurie Anderson que não ouvia nada assim.

Andrew Bird - From the Basement from QandnotU on Vimeo.

sobre a peça e o seu autor vale a pena ler isto

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Polidamente correcto

"Sócrates tem uma relação difícil com a verdade".
Marcelo Rebelo de Sousa

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

A frase da semana

quinta-feira, fevereiro 05, 2009

pensamento do dia

Taxidermia de sucesso

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

Bater no fundo

terça-feira, fevereiro 03, 2009

Ele não gostava de futebol

sempre que gritavam "corner", pensava que era com ele.