O sapateiro aqui da rua
trabalha no passeio, à sombra das árvores, num velho tronco caído que lhe serve de oficina, de banca de trabalho e de boutique, e faz as suas sandálias ali mesmo e por medida. Não paga renda, impostos não sei, e só não trabalha quando chove, o que é raro. Chama-se José e não passo por ele sem dar dois dedos de prosa. Trata-me por patrão, e quando eu lhe disse que não era preciso, que me chamava António e não era patrão, ele respondeu-me "Sim senhor patrão!" Hoje ofereci-lhe estas fotos.
4 Comments:
Como está isso por aí?
Temos visto imagens horríveis via TV.
Bjs O
O
Não tenho o teu mail, envia-me sms. Estamos bem. Beijos. D
Está como é costume, quem se lixa são os pobres dos bairros periféricos a quem permitiram que construissem as suas barracas ao lado de um paiol. Igualmente inconcebível foi a reportagem de uma TV local, em directo, de cima de uma carrinha, com a jornalista apavorada a ajudar a espalhar pânico e a aflição a quem estava longe a ver as notícias.
Dá um abraço ao José e pergunta-lhe se tem e quikuxi o 42.
Um abraço
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