Às Mamãs pretas
Eu, que me comovo por tudo e por nada, já aqui tive ocasiões para verter a minha lágrimazinha. A primeira terá sido logo à chegada, quando tornei a ouvir o vento da tarde nas copas das casuarinas, tal como ouvia na ilha da minha infância. Mas verdade verdade, aquilo que mais me enterneceu foi ver uns bébézinhos muito branquinhos, alguns deles ainda de mama, enrolados em lindas capulanas coloridas às costas das suas amas negras que os carregam como se fossem seus filhos, e andam com eles de manhã nas compras, nas lojas e nos mercados enquanto as mamãs brancas foram trabalhar, ou estão no cabeleireiro, ou têm mais que fazer.
1 Comments:
Essa não vi eu, então.
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