Respirar
A respiração é um objecto de atenção que está à disposição imediata de qualquer pessoa, porque todos respiramos desde que nascemos até que morremos. É um objecto de meditação universalmente acessível e aceitável. Para começar a praticar meditação, sente-se, assuma uma posição erecta e confortável e feche os olhos. Deve procurar uma sala sossegada, com poucos elementos que lhe distraiam a atenção. Indo do mundo exterior para o interior, descobre que a actividade mais proeminente é a sua própria respiração; assim, deve prestar atenção a esse objecto: à respiração a entrar e a sair pelas narinas.
Este não é um exercício de respiração; é um exercício de consciência. O esforço não é controlar a respiração mas sim tomar consciência dela, tal como naturalmente é: longa ou breve, pesada ou leve, difícil ou fácil. Enquanto for possível, deve fixar a sua atenção na respiração, sem permitir que qualquer distracção quebre a cadeia da consciência. Mas descobrimos de imediato que isto é muito difícil. Assim que tentamos manter a mente fixa na respiração, começamos a preocupar-nos com as pernas que nos doem. Quando tentamos suprimir todos os pensamentos distrativos, mil coisas saltam para a nossa mente: lembranças, planos, esperanças, medos. Uma destas coisas corta a nossa atenção e pouco tempo depois damo-nos conta de que nos esquecemos completamente da respiração. Recomeçamos com determinação renovada e uma vez mais, pouco tempo depois apercebemo-nos que sem reparar a nossa mente se desviou do seu objectivo.
Quem está aqui a controlar? Quando se começa este exercício, torna-se rapidamente evidente que de facto a mente está descontrolada. Como uma criança mimada que procura um brinquedo, aborrece-se com ele, e depois procura outro e mais outro, também a mente se põe a saltitar de um pensamento para outro, de um objecto de atenção para outro, fugindo da realidade.
Esse é o hábito enraizado da mente; é o que temos feito durante toda a nossa vida. Mas assim que começamos a investigar a nossa própria natureza, este deambular deve parar. Temos de mudar de padrões de hábito mental e aprender a agarrar-nos à realidade. Começamos por tentar fixar a atenção na respiração. Quando dermos conta que ela se distraiu, paciente e calmamente levamo-la de novo ao caminho. Falhamos e tentamos de novo, sempre que for necessário. Sem tensão, sem desanimo, continuamos a repetir o exercício. Afinal, o hábito de uma vida inteira não se altera em poucos minutos. A tarefa exige prática repetida e contínua, bem como paciência e calma. É assim que desenvolvemos a consciência da realidade.
Sentamo-nos e fixamos a atenção na respiração sem qualquer pensamento de permeio. Ao fazer isso, iniciamos e mantemos um estado de autoconsciência. Evitamos distrair-nos, perder de vista a realidade. Se surgir um pensamento, não vamos atrás dele, mas retornamos a nossa atenção para a respiração. Dessa forma, desenvolvemos a capacidade da mente em permanecer focada num simples objecto e a resistir às distracções, duas qualidades essenciais da concentração.
Este não é um exercício de respiração; é um exercício de consciência. O esforço não é controlar a respiração mas sim tomar consciência dela, tal como naturalmente é: longa ou breve, pesada ou leve, difícil ou fácil. Enquanto for possível, deve fixar a sua atenção na respiração, sem permitir que qualquer distracção quebre a cadeia da consciência. Mas descobrimos de imediato que isto é muito difícil. Assim que tentamos manter a mente fixa na respiração, começamos a preocupar-nos com as pernas que nos doem. Quando tentamos suprimir todos os pensamentos distrativos, mil coisas saltam para a nossa mente: lembranças, planos, esperanças, medos. Uma destas coisas corta a nossa atenção e pouco tempo depois damo-nos conta de que nos esquecemos completamente da respiração. Recomeçamos com determinação renovada e uma vez mais, pouco tempo depois apercebemo-nos que sem reparar a nossa mente se desviou do seu objectivo.
Quem está aqui a controlar? Quando se começa este exercício, torna-se rapidamente evidente que de facto a mente está descontrolada. Como uma criança mimada que procura um brinquedo, aborrece-se com ele, e depois procura outro e mais outro, também a mente se põe a saltitar de um pensamento para outro, de um objecto de atenção para outro, fugindo da realidade.
Esse é o hábito enraizado da mente; é o que temos feito durante toda a nossa vida. Mas assim que começamos a investigar a nossa própria natureza, este deambular deve parar. Temos de mudar de padrões de hábito mental e aprender a agarrar-nos à realidade. Começamos por tentar fixar a atenção na respiração. Quando dermos conta que ela se distraiu, paciente e calmamente levamo-la de novo ao caminho. Falhamos e tentamos de novo, sempre que for necessário. Sem tensão, sem desanimo, continuamos a repetir o exercício. Afinal, o hábito de uma vida inteira não se altera em poucos minutos. A tarefa exige prática repetida e contínua, bem como paciência e calma. É assim que desenvolvemos a consciência da realidade.
Sentamo-nos e fixamos a atenção na respiração sem qualquer pensamento de permeio. Ao fazer isso, iniciamos e mantemos um estado de autoconsciência. Evitamos distrair-nos, perder de vista a realidade. Se surgir um pensamento, não vamos atrás dele, mas retornamos a nossa atenção para a respiração. Dessa forma, desenvolvemos a capacidade da mente em permanecer focada num simples objecto e a resistir às distracções, duas qualidades essenciais da concentração.
4 Comments:
Eis a receita para tranquilizar o espirito dominando o pensamento.
Colhamos desse benefício fruindo sonos descansados enquanto "o mundo pula e avança como bola colorida nas mãos de uma criança".
Ou dito doutra maneira; dominado o espirito e tranquilizado o pensamento, o mundo não para?
Um abração, bons sonos e boas "viagens".
Eu no dia 6 de fevereiro de 2000 fui ver à aula magna o espectáculo que mais me fascinou na vida, pela sua plenitude de harmonia. Chamava-se "The wheel of life", protagonizado pelos monges de Shaolin. A vida começa pela respiração e depois os limites que se podem ultrapassar e que desconhecemos são para nós inimagináveis na nossa pequenez de ocidentalzecos intelectualoides de casa de banho...Estou de acordo quando se diz que ainda nada sabemos e que pouco da vida aprendemos.
PHOTON
.. e o que é que achas do rabinho do bébé?
É um rabinho de bebé e tu o que achas da auto-empalação?
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