quarta-feira, março 16, 2005

Paralelo

(este post não é dedicado ao Lelo nem a nenhum cigano em especial)

Hoje, no exacto momento em que acordava, de algum lado me sopraram esta palavra: PARALELO. Assim mesmo, sem mais nada, só a palavra a pairar no ar, e sem explicação. Surgiu precisamente no momento em que me esforçava por fixar e entender o sonho que tinha tido. Infelizmente já não fui a tempo de ver quem nem de onde me sopravam tão intrigante palavra. É que desta vez o sonho tinha a particularidade curiosa de eu ter comigo uma espécie de telecomando que podia fazer avançar ou recuar as cenas conforme queria. Punha-as em câmara lenta, fazia stop, rebobinava. Quando era só paisagem punha para a frente, quando havia acção fazia zoom, via os detalhes, repetia as cenas, ouvia bem os diálogos. Um espectáculo! Acho que Deus, ou lá quem seja, desta vez levantava um bocadinho do véu, ou então vai cedendo aos poucos o controle remoto. São os efeitos das tecnologias modernas. Costumo ler quase tudo o que se escreve, quando me passa pela frente, que fale dos sonhos. Intrigam-me. Mas cada um diz sua coisa, manda o seu bitaite, especula-se muito. Eu cá por mim só posso analisar e tentar perceber os meus, e já não é pouco. Mas quando tiver algo mais definitivo, uma explicação plausível, eu volto aqui e digo-vos. Em primeira mão, prometo.