A beleza e a simplicidade
das coisas geniais.
Por vezes esqueço-me que devo ser quase um dinossauro, e espanto-me de andar gente por aí que não conhece este poema de António Gedeão, o professor que eu gostava de ter tido (e acabei por ter!).
Foi cantado e gravado por Carlos Mendes.
Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
Por vezes esqueço-me que devo ser quase um dinossauro, e espanto-me de andar gente por aí que não conhece este poema de António Gedeão, o professor que eu gostava de ter tido (e acabei por ter!).
Foi cantado e gravado por Carlos Mendes.
Encontrei uma preta
que estava a chorar
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.
Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.
Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.
Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.
Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:
nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.
2 Comments:
Lindo. Como a simplicidade.
Essa era para mim...;-)O capacete entrou!
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