A Sagres em Maputo
A Sagres está em Maputo e eu tive a sorte de a ver entrar logo de manhã cedo no porto, numa das melhores varandas da cidade, o ferry-boat da Catembe. Ao meu lado, uma senhora moçambicana, mais velha, recitava baixinho o poema "Oh mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal..."
(Podem achar piegas mas é verdade)
(Podem achar piegas mas é verdade)
3 Comments:
Olá, Toíx!
A embarcação é muito bonita e imponente e as fotos também são fabulosas, como sempre.
Beijos do Ferroso.
Ana Azevedo.
Olá Ana, eu queria tanto dar um abraço a vocês todos e especialmente um de parabéns ao avôzinho vaidoso...
Não é pieguice não...
"Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu."
Retiremos Portugal e coloquemos Mundo (estragada a rima, composta a realidade) temos a vivência metaforica de toda uma humanidade, incluida a população da cidade de Maputo e da vila da Catembe. Quantos "mares" a cruzar, quantas lagrimas choradas a calar a viuvez de jovens crianças nunca chegadas a adulto.
A Sagres representa mais que apenas um barco ou ate que um simbolo. Ela prova que quem luta contra o gigante Adamastor consegue virar o Bojador da Boa Esperança e novos mundos descobrir (e talvez uma nova vida conquistar). Todos os dias essa velha atravessa de Maputo para a Catembe, a bordo de uma Sagres chamada Catembeiro, para vencer uma epopeia repetida de todos os dias.
Bem hajas, sono, que nos permites Sonhar
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