Um país doente...
Num texto de um brilhantíssimo pessimismo, a Clara Ferreira Alves dá o exemplo do António Barreto que disse que se tivesse cinquenta anos hoje se ia embora. Eu por acaso também acho que sim, que cinquenta anos é uma óptima idade para se emigrar. Ele, que já emigrou uma vez, melhor do que ninguém sabe do que fala. Já emigrou, mas infelizmente numa idade de grande imaturidade, o que redundou num regresso precipitado para ser ministro da Agricultura (!) nos gloriosos tempos dos governos de Mário Soares, lembram-se? Os mais novos não se lembrarão, mas ainda devem ter visto o seu nome escrito por aí nas paredes por causa da "Reforma Agrária". Hoje é natural que ande chateado, ou envergonhado, porque é à geração dele, àqueles que chegaram ao poder após 74, que cabe a inteira responsabilidade da condução o país desde então.
3 Comments:
Sei que não gostas destas coisas mas não resisti. Vai ver o que te deixei no meu blog. Uma plaquinha que anda de mão em mão.
Um abraço
António Barreto acha que o país não o merece. Na verdade pertence à geração que andou pelo poder e da sua acção não ficou nada que se aproveite. Esconde a sua impotência atrás de uma retórica derrotista e desmobilizadora. É uma pessoa negativa que bem podia emigrar que não faz falta nenhuma.
Uma vez português para sempre de Portugal. Mesmo que com alma de negro.
Um abraço!
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