quarta-feira, junho 01, 2005

a fuga ao fisco

diminuiria muito se qualquer português, especialmente os que declaram rendimentos equivalentes ao ordenado mínimo nacional, ao registar o seu Jaguar ou a sua casa de férias no Algarve fosse de imediato confrontado com a sua declaração de IRS.
Como comentário a estas considerações, convém que se saiba que muitos dos Jaguares, dos iates e das casas de férias não estão em nome de ninguém, estão em nome de umas sociedades sediadas em Gibraltar, ou noutro sítio qualquer, e que nunca ninguém sabe o que são. A não ser alguns advogados, que estão ricos. É curioso notar que há advogados que eram pouco mais que modestos advogados antes de irem para os diversos governos, e que quando deixaram a política os seus escritórios ganharam uma importância inusitada. Importância essa que incomoda parte da classe que nunca andou pela esfera da política. Se o conflito se transfere para esta área vai ser um caso sério. É que esta classe tem um privilégio que não tem o comum dos mortais, o segredo. Têm direito ao segredo.